quarta-feira, 21 de março de 2012

Projeto divulga imagens do futuro e novo Maracanã

Parte interna e externa do estádio ganham forma nos desenhos divulgados nesta quarta-feira pela empresa de arquitetura contratada pelo governo





quinta-feira, 8 de março de 2012

Jornais argentinos exaltam Fred, Deco e força do Flu: 'Pior convidado'


No 'Olé', a torcida é elogiada por cantar o tempo todo na Bombonera.
No 'Clarín', o apoiador tricolor afirma que recebeu 'boa sorte' de Messi



A imprensa argentina se rendeu ao Fluminense nesta quinta-feira, na repercussão da vitória sobre o Boca Juniors por 2 a 1 pela Taça Libertadores, e fez críticas, principalmente, à defesa xeneize e ao nível do futebol argentino como um todo. O fato da invencibilidade de 36 jogos do clube argentino ter acabado também ganhou destaque.
No diário "Olé", o Tricolor foi chamado de "o pior convidado", com direito a um trocadilho através da inclusão da letra "c" na palavra "invitado", que remete à quebra da série invicta. O jornal ressaltou que o time brasileiro foi mais inteligente e elegeu Fred para o "Prêmio Maradona", dado ao craque da partida. O jovem atacante Wellington Nem não foi esquecido e ganhou um prêmio por não ter se intimidado com a defesa hermana. Segundo o periódico, toda vez em que defrontou os defensores, o tricolor levou a melhor.
Foto do jornal Olé (Foto: Reprodução Jornal Olé)
A torcida do Fluminense também foi lembrada pelo "Olé". Ela ficou com o "Prêmio Gandhi": "O Rio se muda para La Boca: cerca de 3.500 brasileiros cruzaram a fronteira para Buenos Aires e não pararam de cantar", dizia o jornal em referência ao bairro onde fica a Bombonera, tomado pelos tricolores.
Uma página inteira foi dedicada ao "toque europeu do Fluminense", com uma análise sobre as atuações de Deco e Fred: "Oportunismo, capacidade e experiência são os adjetivos para os jogadores que definiram a vitória". Além disso, na crônica da partida, questionaram a qualidade do Boca e do futebol argentino, já que, dos 36 jogos em que o time ficou invicto, 35 foram contra times argentinos. Apenas um foi na Libertadores, mas contra o Zamora, um adversário considerado fraco.
Já no "Clarín", a matéria principal falava sobre a queda da invencibilidade: "Um dia perdeu...", abria o periódico criticando o Boca por ter saído com a derrota justamente em um duelo considerado chave. O diário afirmou também que o Fluminense não deu margem para uma vitória xeneize e que, apesar de não ter atacado muito, o Tricolor não perdoou quando chegou. Para o periódico, o resultado complicou o caminho do Boca. O técnico Falcioni diz que os jogos contra o Arsenal de Sarandí serão "duas finais".
Foto do jornal Clarin (Foto: Reprodução Jornal Clarin)
A torcida do Flu também foi exaltada com a expressão "cor brasileira". Autor de um dos gols e da assistência para o de Fred, Deco foi elogiado. Além disso, há uma declaração do jogador em que ele garante ter falado "por chat" com Lionel Messi. O hermano teria desejado boa sorte ao apoiador, já que os dois são amigos da época em que o luso-brasileiro jogava no Barcelona.
O "Clarín" fecha com o tradicional semáforo de trânsito para analisar atuações. O vermelho ficou para o goleiro do Boca, Agustín Orión, que não conseguiu evitar os gols do rival. O amarelo foi para Somoza que, apesar de marcar, "bateu muito". O verde foi para Deco, o "amigo do Messi".

Torcida tricolor brilha na Bombonera, e atuação da polícia local é elogiada

Com cerca de 3,5 mil representantes, torcedores do Fluminense se fizeram ouvir em meio à cantoria do Boca Juniors e nenhum incidente foi registrado


A Bombonera não treme, pulsa. Mas, na noite da última quarta-feira, o ritmo era verde, branco e grená. O temor de problemas antes e depois do jogo existia, mas não se concretizou. Com 3.500 torcedores na Bombonera, a diretoria do Fluminense se preocupou em organizar um esquema de segurança com a polícia argentina para dar tranquilidade aos tricolores. E, além da vitória sobre o Boca Juniors fora de casa, os organizadores puderam comemorar após a partida o sucesso da operação. Mesmo em um estádio que fica em uma área considerada perigosa de Buenos Aires, nenhum incidente entre brasileiros e argentinos foi registrado. Até mesmo a polícia local foi elogiada no dia em que os tricolores se fizeram ouvir em meio à cantoria sem fim dos boquenses.


Torcida Fluminense Bomboniera (Foto: Rricardo Ayres / Photocâmera)


- O planejamento do Fluminense foi fundamental, mensurando a demanda de torcedores para o jogo, e informando à polícia local com antecedência, permitindo a criação do melhor esquema possível de logística para os torcedores. O investimento feito pelo clube para se realizar a venda de ingressos no Brasil, fazer o contato com as autoridades policiais, e buscar comunicar bem todas as informações necessárias para um torcedor do clube se sentir amparado em solo estrangeiro, se pagou com o excelente resultado de satisfação alcançado junto ao torcedor do clube - resumiu o gerente de arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura, um dos envolvidos na operação.
O comboio com grande parte da torcida tricolor saiu por volta de 19h30 do centro de Buenos Aires em direção à Bombonera. Até a entrada no estádio, os torcedores do Fluminense não tiveram contato algum com os donos da casa. Todo o acesso era feito por uma área reservada e tapumes impediam até mesmo a simples visualização dos rivais.
- Foi tudo excelente, sem problema algum. Tinha uma viatura de polícia para cada dois ônibus de torcedores e mais 10 motoqueiros. Nem vimos os caras. Até mesmo os policiais argentinos deram show na forma de conversar e tratar os brasileiros - explicou Flávio Frajola, integrante da maior torcida organizada do Tricolor.
Recorde na Bombonera
O jogo contra o Boca Juniors ficou marcado também como a maior reunião de tricolores fora do país para uma partida do Fluminense. Com 3.500 pessoas, os torcedores lotaram a àrea destinada aos visitantes. O número é ainda mais chamativo pelo fato de que foi uma partida pela segunda rodada da fase de grupos e, consequentemente, sem caráter decisivo. Há quase quatro anos, por exemplo, cerca de 1.800 brasileiros acompanharam o empate de 2 a 2 diante do mesmo Boca pela semifinal da Libertadores, em Avellaneda. No ano passado, 1.500 estiveram no Estádio Diego Armando Maradona na vitória por 4 a 2 sobre o Argentinos Juniors que garantiu a classificação às oitavas de final da competição sul-americana. A final da Libertadores de 2008 só contou com a presença de 500 tricolores devido à viagem mais longa e de valor elevado para Quito, no Equador.
- É muito legal ver nosso torcedor enchendo sua área no estádio. É sinal de confiança, de que acreditam no time. A vitória foi para eles, para quem ficou no Brasil, para quem às vezes gasta aquele dinheiro que não pode para ver o Fluminense jogar - disse o meia Deco.