segunda-feira, 4 de junho de 2012

A volta de Conca em 2013


Um dos maiores ídolos tricolores dos tempos recentes – e, por que não, da história –, Conca está com o coração apertado. Cumprindo com deveres profissionais na China, onde está desde julho passado, o craque argentino não para de pensar um só segundo no Fluminense, clube que o seduziu e hoje diz amar de paixão. “Morro de saudades do Flu”.
A monotonia e o baixo nível técnico do futebol chinês tornam sua rotina enfadonha. Conca está louco para voltar às Laranjeiras, onde jogou por quase quatro temporadas (2008-2011), e reviver os anos de ouro que o consagraram e ajudaram a eternizar uma geração. Conca não fez pouco no Flu. Entre títulos individuais e coletivos, como a conquista do tricampeonato brasileiro em 2010, arrebatou o que guarda como sua mais preciosa joia: o coração da torcida tricolor.
Craque no campo e agora na vida – Conca teve em março seu primeiro filho, Benjamim, com a brasileira Paula – o jogador, que conta os dias para regressar ao Fluminense e à Cidade Maravilhosa, já nem esconde a ansiedade. “Cara, nem me fale! Meu contrato acaba ano que vem, mas quem sabe não volto antes”, disse a Eduardo Pedroso, leitor do Blog do Flu – Terno e Gravatinha radicado em Xangai (CHN), que foi assistir a um jogo do Guangzhou (time de Conca) sexta passada. É o próprio Eduardo, por sinal, quem se encarrega de contar mais detalhes desta sua “radiante” experiência. Manda brasa aí, garoto!
“Dei muita sorte, João! Meu lugar era logo atrás do banco de reservas do Guangzhou. Levei uniformes do Flu e bandeira do Brasil. Durante o aquecimento, quando viu a camisa tricolor, Conca acenou, fazendo sinal de positivo. Logo depois, um cara que parecia ser o auxiliar técnico veio correndo em minha direção e, depois de se certificar de que eu era brasileiro, disse que Conca viria falar comigo após a partida.
“Dito e feito, João! Como todo tricolor de corpo e alma, Conca é mesmo um cara de palavra. Estiquei-me para apertar-lhe a mão e conversamos por alguns minutos. Falei que a torcida e todos nas Laranjeiras sentiam muito a sua falta, que ali não era o seu lugar e que retornasse o quanto antes à sua “casa”. João, deu para perceber nos olhos dele que falava a verdade, que estava louco para voltar logo. Comentei ainda que achava ruim o nível do futebol chinês, com o que concordou. “Os caras são mesmo fracos”, respondeu brevemente.
“Por fim, desejei-lhe sorte e fui presenteado com a sua camisa. Quando já saía, radiante como nunca em toda a minha vida, virei e vi que Conca ainda estava lá, agora atendendo e tirando fotos com cerca de 200 torcedores do time adversário. Incrível, João, como o cara é ídolo até mesmo das outras torcidas”.
Sem dúvida, Eduardo! E para quem achava que, quando saiu do Flu, Conca, então com 27, já tinha dado o caldo que tinha que dar, deve ter repensado muita coisa ao ver Juninho Pernambucano, com dez anos a mais (completa 37 em julho), jogar a bola que está jogando no Vasco. E o que falar então de Deco, aos 34, de futebol magistral e passes primorosos?
Em forma e jogando o fino, Conca ainda tem muito a dar e receber nas Laranjeiras. A torcida, saudosa, já o aguarda de braços e peitos abertos.

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