quinta-feira, 8 de março de 2012

Torcida tricolor brilha na Bombonera, e atuação da polícia local é elogiada

Com cerca de 3,5 mil representantes, torcedores do Fluminense se fizeram ouvir em meio à cantoria do Boca Juniors e nenhum incidente foi registrado


A Bombonera não treme, pulsa. Mas, na noite da última quarta-feira, o ritmo era verde, branco e grená. O temor de problemas antes e depois do jogo existia, mas não se concretizou. Com 3.500 torcedores na Bombonera, a diretoria do Fluminense se preocupou em organizar um esquema de segurança com a polícia argentina para dar tranquilidade aos tricolores. E, além da vitória sobre o Boca Juniors fora de casa, os organizadores puderam comemorar após a partida o sucesso da operação. Mesmo em um estádio que fica em uma área considerada perigosa de Buenos Aires, nenhum incidente entre brasileiros e argentinos foi registrado. Até mesmo a polícia local foi elogiada no dia em que os tricolores se fizeram ouvir em meio à cantoria sem fim dos boquenses.


Torcida Fluminense Bomboniera (Foto: Rricardo Ayres / Photocâmera)


- O planejamento do Fluminense foi fundamental, mensurando a demanda de torcedores para o jogo, e informando à polícia local com antecedência, permitindo a criação do melhor esquema possível de logística para os torcedores. O investimento feito pelo clube para se realizar a venda de ingressos no Brasil, fazer o contato com as autoridades policiais, e buscar comunicar bem todas as informações necessárias para um torcedor do clube se sentir amparado em solo estrangeiro, se pagou com o excelente resultado de satisfação alcançado junto ao torcedor do clube - resumiu o gerente de arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura, um dos envolvidos na operação.
O comboio com grande parte da torcida tricolor saiu por volta de 19h30 do centro de Buenos Aires em direção à Bombonera. Até a entrada no estádio, os torcedores do Fluminense não tiveram contato algum com os donos da casa. Todo o acesso era feito por uma área reservada e tapumes impediam até mesmo a simples visualização dos rivais.
- Foi tudo excelente, sem problema algum. Tinha uma viatura de polícia para cada dois ônibus de torcedores e mais 10 motoqueiros. Nem vimos os caras. Até mesmo os policiais argentinos deram show na forma de conversar e tratar os brasileiros - explicou Flávio Frajola, integrante da maior torcida organizada do Tricolor.
Recorde na Bombonera
O jogo contra o Boca Juniors ficou marcado também como a maior reunião de tricolores fora do país para uma partida do Fluminense. Com 3.500 pessoas, os torcedores lotaram a àrea destinada aos visitantes. O número é ainda mais chamativo pelo fato de que foi uma partida pela segunda rodada da fase de grupos e, consequentemente, sem caráter decisivo. Há quase quatro anos, por exemplo, cerca de 1.800 brasileiros acompanharam o empate de 2 a 2 diante do mesmo Boca pela semifinal da Libertadores, em Avellaneda. No ano passado, 1.500 estiveram no Estádio Diego Armando Maradona na vitória por 4 a 2 sobre o Argentinos Juniors que garantiu a classificação às oitavas de final da competição sul-americana. A final da Libertadores de 2008 só contou com a presença de 500 tricolores devido à viagem mais longa e de valor elevado para Quito, no Equador.
- É muito legal ver nosso torcedor enchendo sua área no estádio. É sinal de confiança, de que acreditam no time. A vitória foi para eles, para quem ficou no Brasil, para quem às vezes gasta aquele dinheiro que não pode para ver o Fluminense jogar - disse o meia Deco.

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